Em vigor desde 1º de janeiro, o novo salário mínimo de R$
678 só começa a ter efeito na renda da maioria dos trabalhadores brasileiros
nesta semana, com o pagamento da quantia referente ao mês passado. O Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) também está depositando os benefícios do piso
previdenciário pelo novo valor. O pagamento das aposentadorias, dos auxílios e
das pensões da Previdência começou no último dia 25 e vai até quinta-feira
(07/02).
Quem recebe a cada 15 dias já foi beneficiado pelo aumento
do salário mínimo no pagamento referente à primeira quinzena de janeiro. Quem
recebe no dia 30 ou no início de cada mês só passou a sentir a diferença ao
receber o salário do mês passado.
Até 2015, o salário mínimo será reajustado com base na
Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de 2011. Pela regra, a cada ano, o aumento do
salário mínimo corresponderá à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano
retrasado mais a inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC). Em 2013, o reajuste totalizou 8,83%. Desse total, 2,73
pontos percentuais referem-se ao crescimento do PIB em 2011; e o restante, à
variação do INPC no ano passado.
O novo valor acresce R$ 56 à renda de quem ganha um
salário mínimo e gera um impacto estimado nas contas da Previdência Social de
mais de R$ 12,3 bilhões, em 12 meses. Ao todo, mais de 20 milhões de pessoas
terão os benefícios reajustados.
Segundo os cálculos do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento do mínimo representa
uma injeção anual de renda na economia de R$ 32,7 bilhões. O departamento
informou também que o novo valor aumentará a arrecadação tributária em R$ 15,9
bilhões sobre o consumo, na mesma comparação, já que atualmente 45,5 milhões de
pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo.
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