A derrubada
do veto da presidenta Dilma Rousseff à redistribuição dos royalties do petróleo
acendeu o sinal vermelho em muitos municípios. Em Campos, o governo da prefeita
Rosinha (PR) vem promovendo diversas manifestações e reuniões sob o argumento
que a cidade praticamente para sem a compensação. Ontem, email do secretário de
Governo, Suledil Bernardino, lista uma série de ações da Prefeitura de Campos
que, segundo ele, irão parar, se o Supremo Tribunal Federal (STF) não decidir a
favor dos municípios e estados produtores. Entre os serviços ameaçados de parar
estão o de ambulâncias, Cheque-Cidadão, Passagem a R$1 e construção do Novo
Hospital São José, entre outros. Para a oposição, isso mostra que o governo não
se preparou para a mudança que já vinha se anunciando: “Rosinha mesmo sabendo
disso continuou gastando demais com supérfluos e deixando o que realmente é
importante em segundo plano”, afirma o presidente do PSOL em Campos, Erik
Schunk. Já na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), o veto do governador
Sérgio Cabral (PMDB) ao projeto de lei que cria a taxa sobre barris de petróleo
e gás foi retirado da pauta.
Segundo o
email distribuído pelo secretário, mantendo a atual situação dos royalties
grande parte dos programas da prefeitura ficarão prejudicados, como
ambulâncias, marcação de consultas e exames em hospitais filantrópicos,
construção do Novo Hospital São José na Baixada, ampliação do Hospital Ferreira
Machado, Saúde na Escola, bolsas de estudos do ensino fundamental e
universitário, transporte escolar, construção de novas escolas e creches
modelos, coleta de lixo e manutenção da iluminação pública. E também
inviabilizaria convênios com instituições assistenciais, Cheque cidadão, Morar
Feliz, recuperação de estradas e avenidas, além das obras do Centro Histórico e
a reforma do mercado e do shopping popular.
De acordo com
Schunk, a questão principal é que a cidade já deveria ter feito mudanças há
muito tempo, pois desde 2009 já pairava o risco de corte dos royalties, mas,
diz ele, continuou gastando com
supérfluos.
- O exemplo
da Educação é fundamental, pois Campos, apesar do orçamento bilionário, de
acordo com o Ideb têm a pior Educação Básica de todo o Estado do Rio de
Janeiro. Como podemos avaliar os cortes propostos pelo secretário de Governo se
sequer sabemos os valores envolvidos nesses projetos? Essa é a tal caixa preta,
a total falta de transparência do governo Rosinha Garotinho! - diz.
O
sanitarista, que concorreu à prefeitura ano passado, afirma que Campos têm 44
cargos de primeiro escalão, com status de secretaria, enquanto o Governo do
Estado do Rio de Janeiro tem 25 Secretarias: “Se cortarmos 1/3 dos cargos de
confiança quanto será economizado com isso? Rosinha gasta 507 mil reais por ano
no aluguel de carros blindados. Fizemos uma série de obras de utilidade
duvidosa, tais como a reforma da Beira Valão, o Cepop, gastando milhões, que
resolveram qual problema?”, afirma.
No momento a decisão de Sérgio Cabral foi a mais acertada, mas agora acho que ele também deve ter mudado sua opinião.
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