Diante da queda do lucro, a presidente da Petrobras,
Graça Foster, disse nesta terça-feira (5) que a estatal manterá, em 2013, a
"busca permanente pela paridade com os preços internacionais" do petróleo
e derivados.
Com reajustes inferiores à evolução das cotações
internacionais e a necessidade de importar a preços maiores para suprir o
mercado doméstico, a comp Entre 2012 e janeiro deste ano, a
companhia aumentou três vezes o preço do diesel (alta acumulada de 16,1%) e
duas vezes a gasolina (alta de 14,9%). Os percentuais não corrigem, porém, a
defasagem frente ao mercado externo e os reajustes foram contidos diante do
receio do governo quanto à pressão inflacionária.
"Com relação à política de preços e tivemos com
intensas discussões com o controlador [a União]". A executiva pleiteou os
reajustes para injetar recursos em caixa na companhia para realizar seu plano
de investimento e evitar a alta do endividamento --já observada no balanço de
2012.
Segundo Foster, o "câmbio jogou contra a
companhia" e resultou numa alta de 17% do preço do petróleo tipo brent
(referência internacional) em reais.
O diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse
que o câmbio também levou a estatal a importar petróleo e derivados a um custo
mais alto. O déficit da balança comercial da estatal subiu 96% em 2012,
atingindo 231 mil barris/dia. Somente as importações de gasolina subiram 102%
diante da necessidade de atender ao crescimento do consumo no mercado interno.
Para 2013, a dificuldade tende a persistir, já que a
companhia projeta um alta de 4% no consumo de combustíveis e os preços seguem
defasados em relação ao mercado externo.
Foster se disse, porém, otimista com o desempenho da
companhia a partir do segundo semestre, quando a produção deve voltar a
crescer, com a entrada escalonada de sete novas plataformas neste ano e o
aumento progressivo da extração de óleo dessas unidades.anhia viu seu lucro
cair 36% no ano passado.
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